Friday, February 22, 2008

Post nº 25

Uma vez mais a nossa capital foi vitima de inundações e eu não percebi bem porque raio a população se queixou, andam sempre a dizer “esta cidade é só gente suja, está suja esta cidade” ora que melhor forma de lavar a cidade e as pessoas que uma cheiazita. Está certo, um copinho ou dois de Sonasol verde na água da cheia e aí sim ficava que era uma beleza, mas não se pode ter tudo não é.
O que a mim me faz confusão são aquelas imagens que aparecem na TV de, por exemplo, uma carrinha com cerca de 2 metros de altura da qual já só se via a traseira, porque o resto já estava submerso. O que será que passou pela cabeça do condutor?
- Olha um túnel com água até ao tecto, tu queres ver que o túnel está inundado? Ora o túnel tem praí 4 metros de água a minha carrinha tem 2… eu acho que dá pa passar.
Curiosamente saiu esta semana algures no mundo um carro que anda na estrada e consegue andar na água, estariam a aproveitar? Vai na volta pensaram “ora Portugal tem inundações, nós inventamos este carro e o governo deles pede subsídios para a agricultura e fartamos de vender carros.
A propósito das cheias fiz então uma cantilena dedicada a uma Lisboa lavadinha.

É favor ler ao som daquela música “cheira bem, cheira a Lisboa”

Uma carrinha de água tapada
Cheira bem, cheira a Lisboa
Uma loja toda enlameada
Cheira bem, cheira a Lisboa

A varina que morreu afogada
As ruelas que levaram uma aguada
Cheiram bem porque foram lavadas
Lisboa tem cheiro de cidade inundada

Wednesday, February 13, 2008

Post nº24

Ora bem o que me leva a escrever e postar desta vez é, para variar, um assunto muito sério. A ASAE apreendeu, no Algarve, nada mais nada menos que 50 toneladas de carne cujo prazo de validade terminara em 2003 e tinha como destino ser comercializada por Portugal e Espanha. Ao analisar a dita carne em frente às câmaras, a inspectora da ASAE, esclarecia o telespectador sobre as características que levaram a designar aquela carne como “um produto avariado, isto é, esta carne encontra-se, como nós designamos, avariada”. O director geral da ASAE da região veio também esclarecer dizendo que a carne se encontrava, efectivamente, “avariada”.
Dei eu por mim a pensar “avariada??? Carne avariada???” pois é, estes senhores que dizem que a carne está avariada são no fundo e apenas os responsáveis pela segurança dos nossos alimentos, espaços, artigos e não só e como querem que eu fique descansado quando os vejo caracterizar carne como “avariada”, não admira que tantos restaurantes fechem, aqui ficam alguns exemplos de situações que podem muito bem ter levado ao encerramento de muitos restaurantes:

Exemplo 1)
Inspector da ASAE – Então ouça-la, este bife consegue triturar outro bife?
Proprietário do restaurante – Não! Não consegue.
I. ASAE – Oh diabo! Não consegue? Então não consegue está avariado homem. Vou ter que lhe encerrar o estabelecimento.
P. R. – Então e se eu os levar a um mecânico a arranjar?
I. ASAE – Vá está bem, arranje lá então o bife e nós passamos por cá mais tarde.

Exemplo 2)
I. ASAE – Então esta pêra ali enroscada no caixilho dá luz?
P. R. – Não! Porque raio haveria uma pêra de dar luz?
I. ASAE – Então não dá luz está avariada, vou ter que lhe encerrar o estabelecimento homem. Olhe pode é aplicar-lhe uma pastilhinha de Calgonite e nós passaremos por cá mais tarde.
P. R. – Ai é? Então vou já fazer isso. Muito obrigado.

Vá nestes exemplos se calhar até nem se encerrou nenhum estabelecimento, mas de qualquer das formas marcou-se posição que era o que interessava. Já agora aqui fica um spot publicitário.

Prolongue a vida da roupa da máquina e da pêra com calgon.

Sunday, February 10, 2008

Post nº23

É favor ler ao som de “eu ouvi um passarinho; às 4 da madrugada” (pois, n sei o nome da música mas é de alentejanos e como eu sou um resolvi fazer aqui a homenagem).

Eu apanhei uma narça
Ás 4 da madrugada
Cheguei a casa contenti
Nha mãe deu-me ma bardoada

Eu apanhei uma narça
Das di caixão à cova
Cheguei a casa já máli
Inda apanhei uma sova

Apanhei um besanão
Caté fui dormir co cão
Dessa vez lá mi safei
Dormi em casa do João

Apanhei cá uma narça
Era um ver si tavias
Nha mãe deu-mi uma sova
Quase fui ter com o sô Dias (é o arraiolense da carrinha funerária)

A moral desta história
Não sei eu qual há de seri
Mas pelo sim e pelo não
Vou continuar a bueri

Tuesday, February 5, 2008

Post nº 22

Ora bem estamos no Carnaval e tal. Ora o que queria esta semana era deixar aqui esta bela conversada só para vos fazer reflectir. Nesta altura, uma pessoa que se vista de rei está disfarçado de rei, vestindo-se de sereia está disfarçada de sereia e vestindo-se de fava está disfarçada de fava. A minha dúvida é portanto a seguinte, aquelas senhoras que estão seminuas a dançar samba, estarão disfarçadas de quê?