Saturday, December 22, 2007

Post nº17

Ora lá chegámos uma vez mais à bela da quadra natalícia. Em muitos blogs aparecem listas de prendas que se quer oferecer e de prendas que se quer receber. Pois a minha prenda é um novo conceito. Ele aí.

Não sei se já repararam mas as luzes de natal, aparecem no natal e desaparecem quando este acaba voltando a aparecer no natal seguinte, as canções de natal ouvem-se no natal e desaparecem quando este acaba, voltando a aparecer no ano seguinte, o mesmo se passa com a árvore de natal, os enfeites de natal e muitas outras coisas acabadas em “de natal”.
Assim o conceito que vos queria deixar é o seguinte, as “prendas de natal”, que é aquela prenda que se oferece no natal e que se retira quando o natal acaba e que voltará a surgir no ano seguinte. Simples, eficaz e, acima de tudo, barato.

Bom natal pó pessoal e tal.

Sunday, December 16, 2007

Post nº16

Rubrica Nientista – Post 3

Muito bem caríssimos leitores, confesso que ando sem tempo sequer para me coçar, assim, decidi fazer toda uma pesquisa sobre “nada” e aqui está o resultado da mesma.

Fisicamente é preciso distinguir três coisas: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo é um espaço não preenchido por qualquer matéria, nem sólida, nem líquida, nem gasosa, nem plasma, nem mesmo a matéria escura. Mas pode conter campos: campo eléctrico, campo magnético, campo gravitacional, luz, ondas de rádio, raios X, ou outros tipos de radiação bem como outros campos e a denominada energia escura. Pode também estar sendo atravessado pelas partículas não materiais mediadoras das interacções. O vácuo possui energia e suas flutuações quânticas podem dar origem à produção de pares de partícula e antipartícula.
O vazio seria um espaço em que não houvesse nem matéria, nem campo e nem radiação. Mas no vazio haveria ainda o espaço, isto é, a capacidade de caber algo, sem que houvesse. No Universo não existe vazio, pois todo o espaço, mesmo que não contenha matéria, é preenchido por campo gravitacional, outros campos e pela radiação que o atravessa, de qualquer espécie.
No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma e nem um lugar vazio para caber algo. O conceito de nada inclui também a inexistência das leis físicas que alguma coisa existente obedeceria, dentre elas a conservação da energia, o aumento da entropia e a própria passagem do tempo. Sendo o espaço o conjunto dos lugares, isto é, das possibilidades de localização, sua inexistência implica na impossibilidade de conter qualquer coisa. Isto é, não se pode estar no nada. O nada é, pois, um não-lugar.

Sunday, December 9, 2007

Post nº 15

Rubrica Nientista – Post 2

Faltando-me uma vez mais a inspiração, facto reincidente ultimamente, decidi vasculhar os meus posts passados de blogs passados, “passados” quer em termos de tempo quer em termos de adjectivo. O resultado da procura é este post que em tudo se encaixa na mais famosa rubrica deste blog. Ou não fosse ela a única. Ele aí.


“Nada” em várias linhas

Queria só começar por escrever “nada”, este texto, muito à semelhança dos meus últimos, limita-se a dizer “nada” e assim sendo estou para aqui a escrevinhar ”nada” apenas pelo gozo de postar.Com este post proponho-me mostrar como o “nada” pode por vezes significar “muito” e não apenas “nada”, se a esta altura ainda estiverem a acompanhar o raciocínio (se é que ainda pode ser apelidado disso) então é melhor procurarem ajuda e rápido enquanto isso ainda não é nada. Por exemplo, eu aqui ao tentar falar do “nada” já vos estou a presentear com um post nada pequeno (imaginem no dia em que falar sobre o “tudo”) e isto nem sequer é nada de especial, enfim acho que o que interessa mesmo é que não me saí nada mal uma vez que consegui não ficar nada atrás do meu objectivo, o de falar de “nada” em várias linhas e conseguir dizer “nada” para aí 15 vezes sim porque mesmo que as vão contar aqui está a última, nada mal hein. ;)P.s.: para os mais desatentos uma das vezes está no título.

Sunday, December 2, 2007

Post nº 14

Rubrica Nientista – Post 1

Ora hoje regressa o meu dia sem inspiração e assim sendo sai mais 1 capítulo dessa que já arrasta multidões de fãs. Falo é claro da rubrica nientista, a rubrica que se destina a falar de precisamente “Nada” e assim esta semana deixo mais uma destas minhas conversas parvas sobre “Nada”. Ela aí.

Nada que nada que nada
Nada e torna a nadar
Nada que nada que nada
E depois torna a nadar, (rima complicada esta)

Nadas à tona da água
Nadas por baixo da água
Nadas sem beber a água
E só nadas dentro da água, (esta então)

Nada que nada que nada
Nada que nem um ouriço
Nada lá pá outra banda
Que eu não tenho nada com isso

Nadas que nem um peixinho
Nadas a serpentear
Eu cá nado de mansinho
Tenho asma não convém cansar

Nadas que nem um javalim
Quando o lago está seco
Pareces-me um arlim
Sai daqui, oh badamêco

Nadas que nem uma hortaliça
Na sopa despojada do corpo
Vou comer uma linguiça
E arrematar com um côpo

Nada de noite e de dia
Nadas plo meu portugale
Eu cá nado ca tu tia
É velhota mas bem vale

Nadas que nem um gólfinho
Nadas que nem uma árã (rã)
Vou mas é ao almocinho
Temperadinho com hortelã, (não sabia mesmo o que rimar com rã)

Nadas que nem um valente
Nada rapaz dá-lhe arrima
Eu nado todo contente
Mas é com a tua prima

Nadas que nem o outro
No jantar de anos das outras
Grégou o prato todo
Nem se escaparam as ostras

Nada que nem um compadre
Com sua indigestão
Nadas de manhã à tarde
Mas não és um galifão

Nadas que nem um rubinho
Todo nu de toca florescente
O nu não sei para que é
E a toca é-me indiferente

Nadas à volta do mundo
Para ti tudo é perto
Eu só nado para o fundo
E é de gargomilo aberto

Nada que nada que nada
Nada e torna a nadar
Nada que nada que nada
E depois torna a nadar

Portanto o conceito de “Nada” de que falei não era, talvez, aquele que os leitores estavam à espera mas pronto.

Friday, November 30, 2007

Post nº 13

Neste natal, não sorriu com a prenda da mãe, não sorriu com a prenda do pai. Não sorriu com a prenda do cunhado, não sorriu com a prenda da prima, nem sorriu, até, com a prenda da tia e da prima Joana. Não sorriu com as prendas das irmãs, que até eram precisamente o que queria.
O forte da Marta Pessoa é nunca sorrir e o meu é fazer conversas parvas.

oblogjust!

Justem sempre!


Agradecimentos à Worten pela inspiração.

Sunday, November 25, 2007

Post nº 12

Rubrica Nientista – Post 0

Venho hoje aqui anunciar a minha rubrica, a “Rubrica Nientista” da palavra “Niente” ora para os que ainda não perceberam, esta rubrica irá falar de nada e será actualizada em fins-de-semana como este em que não me lembro de nada para escrevinhar.

Saturday, November 17, 2007

Post nº11

E tu …?

Existe um sítio, ninguém sabe onde fica nem o porquê de lá ir parar.
Um sítio medonho, hediondo, sórdido e enfadonho. Uma sala fria, húmida e sombria onde o escuro nos amedronta e o silêncio nos afronta. O tecto sujo, as paredes negras, da humidade e do caruncho, ondulam e estremecem, contorcem-se e até parecem… estar vivas e a sofrer.
Mas ao fim de algum tempo, ao fim de algumas horas damos conta de algo mais, a sala não está vazia, tem lá água e esta é fria. Não é água, não é bebida, é muita lágrima ali vertida por muitos e tantos outros ali retidos em seus confrontos, a chorarem como uns tontos sem saberem para onde olhar e esta maré horrenda não jaz nem está parada, está em constante movimento, pelas paredes é abanada.
De repente uma luz surge, somos nós ali presentes, o nosso reflexo, naquela maré contido, a olhar-nos desiludido. Um olhar de nojo e desprezo, por para ali o termos arrastado, um olhar de pena e compromisso, são os dois prisioneiros e nenhum escapa disso. Mas o nojo que ele sente, é tão grande e tão crescente que até ele nos abandona, vai embora e não retorna mas sozinhos não ficamos, pois mais reflexos nos surgem, são de outros que ali estiveram. Olham-nos com o mesmo desprezo, uns em pânico outros em desespero, pois por nós ali são retidos, nós damos vida á sala e eles lá ficam contidos, com seus choros e lamentações, rogam-nos pragas e maldições e flutuam naquela maré, destroçados e já sem fé, gritam de desespero e loucura, gritam de dor e amargura e aos ouvidos não dão descanso.
É ao fim de alguns meses que ao ruído nos acostumamos mas nessa altura de “descanso” cai do tecto uma gota que na água espalha alguns círculos como a pedrada no charco faz, apaga dali os reflexos e um pouco de sossego nos traz, mas não é o fim daquilo, não finda ali a tortura, este sossego aparente engana, este é sol de pouca dura. Pois tudo o que a gota fez foi manter-nos acordados, estar atentos e alertados, para tudo recomeçar.
É ao fim de alguns anos que estamos prontos para zarpar, para aquele local deixar, deixar outro ali chorar, para a sala alimentar, ela tem que continuar.
Já esquecemos essa sala, já lá vai e já não volta.
Já esquecemos essa sala? Já lá vai! E já não volta?

E tu, já lá estiveste?

Friday, November 16, 2007

Post nº 10

Para as pessoas como eu, que estudam fora da sua terra natal, a vida é muito dura e complicada.
A primeira dificuldade está logo na linguagem. Para uma pessoa na minha situação, estudar em Lisboa sendo natural de Arraiolos, as diferenças no dialecto são abismais. “O pão”, na minha terra, é “a panzuêra”; a “bebida”, na minha terra, é a “buida” e quem anda bêbedo é porque já “bueu” muito; o “leite” é o “lête” e o “café” é o “caféi”, o “petróleo” é “pitroil” e o “açúcar” é o “açucre”, uma “ovelha” é uma “nhenha” e uma “vaca” é uma “gaja canda com todos e más algum”, “gaja boa” é “a tu prima”, um “cacete” é o CENSURADO (pois, bem me parecia que esta palavra aqui não devia dar, vou tentar de outra forma), um “cacete” é aquilo que a tua prima gosta de CENSURADO (pois, esta pelos vistos não vai dar para explicar, enfim vou terminar então com um último exemplo), “mátráquilho” é “mátreco”.

Saturday, November 10, 2007

Post nº 9

Na semana passada falei d’O Velho dos Blogs, da minha procura de inspiração e do trágico final dessa mítica figura.
Mas devo dizer-vos que não foi bem aquele o final dessa mesma figura. Por isso mesmo trago-vos esta semana

A Verdadeira História Acerca do Grande Final que Até Nem Foi Assim Tão Grande Como Isso d’O Velho dos Blogs

É este o título escolhido para o post desta semana. Ora muito bem na semana passada o que vos relatei foi algo deste género:

“Velho – Pois bem, o meu segredo agora to vou revelar (ataque de tosse) (este foi mais longo) (porra se não paras de tossir ainda morres aqui queres ver)A tosse cessou, ficou o silêncio, o velho deu um suspiro profundo… e morreu mesmo.”

Mas esta foi a versão por mim contada ás autoridades. Na verdade o que aconteceu foi o seguinte:

Ali estava eu em frente ao velho sábio e farto que já estava de ali estar, decidi adoptar uma postura mais convincente para ver se ele se decidia a falar, e assim…

Velho – Pois bem, o meu segredo agora to vou revelar (ataque de tosse) (este foi mais longo) (porra se não paras de tossir ainda morres aqui queres ver)A tosse cessou, ficou o silêncio, o velho deu um suspiro profundo… e olhando-me com aqueles seus olhos (é ca estúpido cometo sempre este erro) digo com o seu único olho, falou-me num sussurro, num grito abafado e ofegante.

Velho a sussurrar – tira-me as mãos do pescoço que eu estou a sufocar.

Pois é pelos vistos a minha paciência esgotara-se e decidi que com um aperto ele falaria mais depressa, mas o aperto foi de mais mas antes de morrer sufocado, ainda o velho me disse:

Velho a morrer – sacana do gaiato, e já agora se alguém te falar de uma tal de velha dos blogs que vive numa ilha é mentira isso não existe nem nunca existiu, são coisas de gente caduca, o que existe é o Rubinhos que vive nas Ilhas, isso sim é uma figura mítica real, isso sim.

E morreu.

Portanto, no fundo foi mais ou menos isto que aconteceu.

Sunday, November 4, 2007

Post nº 8

Esta semana andava à rasca, não sabia o que haveria de postar, não tinha imaginação e as poucas coisas que me ocorriam ou eram ofensivas ou então podiam ofender algumas pessoas.
Resolvi então partir, partir em busca da sabedoria contida numa das mais emblemáticas figuras desta área, “o velho dos blogs”. Enviei-lhe uma carta a preveni-lo de que o iria visitar e fiz-me à estrada.
O caminho é duro, é complicado e é lixado, mas é que é mesmo lixado, está polidinho o gajo. Após muitas e ainda mais algumas intempéries lá acabei por chegar a esse que, para alguns é um autêntico templo do saber e para outros um altêntico templo do saber. Lá dentro estava ele, sentado olhando para mim.
Quando me aproximei preparei-me para lhe falar mas ele estendendo a sua mão trémula (ainda por cima sofre de Parkinson o sacana do velho) interrompeu-me e falou-me:

Velho – Tenho estado à tua espera.
Eu – Mas como sabias que eu viria?
Velho – Oh estúpido então não disseste lá em cima que me tinhas (ataque de tosse) que me tinhas enviado uma carta?!
Eu – Bem visto (este gajo é realmente sábio porra, valeu a pena a viagem).

O velho fitou-me então, tinha o olhar vítreo…

Velho – Oh estúpido esse olho é de vidro olha para o outro.
Eu – Ah ok

… e de seguida falou-me:

Velho – Queres então saber o que escrever no teu blog não é? Queres então que eu te (ataque de tosse) que eu te passe o meu saber não é?
Eu – Assim é.
Velho – Pois bem, o meu segredo agora to vou revelar (ataque de tosse) (este foi mais longo) (porra se não paras de tossir ainda morres aqui queres ver)

A tosse cessou, ficou o silêncio, o velho deu um suspiro profundo… e morreu mesmo.

Esta é a história de como o velho dos blogs morreu, pelo menos a que contei à polícia quando fui interrogado.
Não percam para a semana “a Verdadeira História Acerca do Grande Final que Até Nem Foi Assim Tão Grande Como Isso d’O Velho dos Blogs” o titulo é grande eu sei mas pronto é isso.

Friday, October 26, 2007

Post nº 7

Após o fracasso da campanha que passou na televisão, surge agora uma nova campanha, em exclusivo no “Just…!”.

Dona Alzira Quase Morta Dos Santos, 96 anos, a Alzira gosta do lar em que vive (os filhos também não lhe deram grande opção de qualquer das formas), a Alzira gosta de andar de cadeira de rodas (também já mal se mexe), a Alzira gosta de usar óculos (e mesmo assim…), a Alzira gosta de usar dentadura (vale tudo para saciar o estômago), a Alzira gosta de dormir 17 horas por dia (não que as empregadas do lar lhe dêem grande escolha)…
NÃO FUMA!

Wednesday, October 24, 2007

Post nº 6

Hoje faria eu um post sério, sem brincar, sem gozar, sem o intuito de dizer nada numas quantas linhas e ainda assim tentar fazer com que as pessoas se rissem desse nada.
Hoje faria um post em que falasse de mim, daquilo que penso, daquilo que sinto, do que temo e anseio.
Hoje faria um post em que anunciava a todos que perdera o medo… dass mas que meninice do caraças, mas é apanhar uma besana e dar-me menos com gente passada.
“Um post sério”, “sem gozar”, hehehe, eu às vezes saio-me com cada uma.
“Um post sério”, essa é boa tss.

Saturday, October 20, 2007

Post nº 5

Estavam à espera de aqui terem um post novo para lerem não estavam? Apanhei-vos.

Saturday, October 13, 2007

Post nº4

(de preferência ler ao som de “Os Índios da Meia Praia” de Zeca Afonso)

A ti minha Arraiolos.



Oh vila de Arraiolos
Cheia de gente amiga
Prepara-te pró que aí vem
Vou fazer-te uma cantiga

Com teu castelo erguido
Prás pessoas passearem
O castelo está meio destruído
Sempre dá para elas malharem

Quando os estrangeiros cá entram
Toda a pressa é pouca
É já tarde quando perceberam
Que isto é só gente louca

Quem aqui vier morar
Não faça grande plano
Prepare-se para bazar
Não seja mais um insano




Os putos jogam à pedrada
Quase que se matam todos
É uma guerra pegada
Os deuses devem estar loucos

Temos cá muita estrela
Nesta terra de insanos
Uma delas é Morcela
Que bebe desde os três anos

A todos que cá vierem
Vejam se ganham miolos
Fujam enquanto puderem
Isto aqui é Arraiolos




É tão linda a minha terra
É cheia de rebarbados
A todos os que cá param
Tragam boxers reforçados

Deixem namorada em casa
Eu cá não me responsabilizo
Façam seguro contra todos
Fica mais este aviso

Até a Marta Martinha
Sempre com sua expressão
Passou cá um ou dois dias
Saiu de cá com um chupão

E Velha a Velhinho
Essa então que desgraçada
Os brincos nunca mais viu
E a roupa ficou rasgada



Just um pequeno contributo para o turismo!

Friday, October 5, 2007

Post nº3

Hoje a minha Internet móvel de banda larga foi abaixo 2 vezes de seguida, ai não foi 1, 1 vez de seguida é que a minha Internet foi abaixo.
Enfim melhores dias virão.

Post nº2

A criação deste blog teve por motivo base a minha intenção de ler um blog sem ficar deprimido com os desabafos das pessoas a quem a vida corre mal.
Mas para tentar ver o outro lado da questão, queria aqui anunciar que amanhã irei eu também tentar criar um post onde me queixarei à brava da minha vida, a qual, como a de muitos dos autores deste tipo de post, contempla condições suficientes para “estudar” na universidade, ter casinha, família, amigos, comida e ainda um computador com acesso à Internet.
Portanto aqui fica a proposta de amanhã vos contemplar com algo extremamente deprimente.

Thursday, October 4, 2007

Post nº1

Neste primeiro post queria apenas fazer um anúncio:

Recriei este blog!